Quem somos

Somos uma dupla de estudantes do ensino médio e fomos selecionados para participar do PIBIC Jr, sob supervisão do professor Filipe. Nosso projeto consiste em criar esse blog e alimenta-lo com resenhas de livros, coberturas de eventos e muito mais dentro do meio acadêmico.
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Archive for novembro 2015

Mesa-Redonda “Entender o Local para Entender o Global: a Luta pela Terra e a Soberania das Periferias do Globo”

A mesa redonda “Entender o Local para Entender o Global” foi um espaço proporcionado pela VII Semana Acadêmica de Relações Internacionais (SARI) da Universidade Federal de Uberlândia, pelo qual trouxe a tona o debate acerca da reforma agrária no Brasil, mas, sobretudo com enfoque a cidade de Uberlândia e região. A discussão foi feita pelos alunos Gustavo Lagares e Júlia Machado Dias, ambos são  alunos da graduação do curso de RI UFU; Luiza Ribeiro formada em  biologia pela UFU e integrante do grupo de Agroecologia GUARÁS e pela Cleiciane Ferreira, integrante do, Movimento Popular pela Reforma Agrária (MPRA).
Na presente ocasião foi apresentado o documentário “Para entender Uberlândia” feito a partir do projeto PEIC com o professor Filipe Mendonça pela Universidade Federal De Uberlândia, onde nos insere no contexto da luta pela terra a partir de experiências do MPRA, que por sua vez é um movimento que se localiza nas redondezas da cidade de Uberlândia. O documentário é bastante rico no sentido de nos inserir dentro da discussão da reforma agrária, bem como mostrar o lado dos trabalhadores sem terra, enfatizando a dificuldade com que essas famílias lidam em seu dia-a-dia e todas as suas lutas e o sonho de conquistar seu pedaço de terra para poder cultivá-la e se auto sustentar.
O documentário enseja uma discussão no sentido de defender a ideia de que o cultivo e o plantio familiar são melhores que o plantio realizado pelos grandes latifundiários, no sentido de fazer um melhor cultivo do solo, tratar melhor a terra, promover uma maior diferenciação de culturas, bem como produzir alimentos mais saudáveis, uma vez que o plantio é realizado por meio de técnicas tácitas e sementes crioulas. Com base nisso, foi apresentado os malefícios do agronegócio, onde a produção agrícola é feita em grandes latifundiários, com o uso intensivo de agrotóxicos, bem como a utilização de transgênicos, que juntos geram para a sociedade produtos com baixa qualidade nutricional.
No fim do debate, abriu-se espaço para a palavra de Cleiciane Ferreira, que por ser integrante do movimento descrito acima na luta pela terra, expôs suas lutas, suas dificuldades, contou sobre sua vida e seus anseios, bem como suas conquistas e o seu sonho de se formar na academia na área do meio ambiente.


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El Pueblo que falta - Filme


O filme El Pueblo que falta da direção de André Queiroz e Arthur Moura trata do processo histórico de lutas revolucionárias, bem como sobre a violência do Estado na América Latina, sobretudo na Argentina, Chile, Brasil e Peru.

            O foco do autor nesse filme é mostrar as contradições existentes na vida social, enfatizando os conflitos entre o proletário e o capitalismo, bem como a força do Estado na repressão da classe trabalhadora, atuando como representante legítimo dos interesses capitalistas.

            Dentro da temática descrita acima, o filme caminha no sentido de relatar por meio de vivências de diversas pessoas representantes do proletário, a maneira como o povo insatisfeito com as suas condições de vida, onde sofrem constantemente com a falta de reconhecimento do seu papel como integrante da vida social, onde seus direitos de cidadão são marginalizados e deixados ocultos na sociedade. Com isso, o filme mostra os levantes populares, onde a classe trabalhadora se organizou para lutar pelos seus direitos como classe. Se de um lado temos o proletário insatisfeito por ser deixado à margem das políticas sociais, do outro temos o Estado atuando como órgão repressor dessa classe, fazendo uso das forças mais violentas que se pode ter com o objetivo de neutralizar os movimentos revolucionários, e defendendo assim, os direitos do modo de produção capitalista.

            Por meio de entrevistas feitas com diversos militantes que estiveram presentes nos movimentos revolucionários, o filme mostra que o Estado não possui apelo e nem limites ao oprimir e combater as revoltas populares, onde foi responsável pela morte e desaparecimento de muitas pessoas que se ergueram nos conflitos, bem como as principais lideranças (daí o significado do nome do filme “o povo que falta”, fazendo uma apologia a essas pessoas que desapareceram e nunca mais ouviram falar delas, bem como à frieza do Estado ao lidar com esse assunto).

            Contudo, diante dessas circunstâncias onde o proletário é marginalizado e deixado aquém da sociedade, temos que o povo quando se ergue e começa a lutar pelos seus direitos e pela sua dignidade como classe, são visto os seus movimentos como uma ameaça á sociedade, e são chamados frequentemente pela mídia de “baderneiros”, “destruidores do patrimônio público”, “marginais”, entre muitos outros nomes, que por sua vez denigrem á imagem do povo e oculta todos os problemas e desigualdades com que essa classe vive, não levando em conta toda a repressão com que essa classe é submetida em seu dia-a-dia pelo Estado e pela sociedade como um todo, bem como o preconceito e a falta de reconhecimento social.

 
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A Mandrágora -- Nicolau Maquiavel


 
 
MAQUIAVEL, Nicolau. A Mandrágora. Comédia em cinco atos, 1518.
 
A história do autor Nicolau Maquiavel se baseia em torno dos personagens: Calícamo, Siro, Messer Nícia, Ligúrio, Sóstrata, Mulher, Frei Timóteo, Lucrécia.

A trama do conto gira em torno do desejo de Messer Nícia em ter um filho com sua esposa Lucrécia, que por sua vez, não conseguia de nenhuma maneira engravidar. Calímaco, um recém-chegado de Paris, se encanta por Lucrécia e desde então, deseja possuí-la. Para isso, ele conta com a ajuda de seu amigo Siro, que sugere que Calímaco se disfarce de médico para tentar se aproximar do casal, que estavam na tentativa de algum método para a tão desejada gravidez.

A solução encontrada por Calímaco e seu amigo, estava direcionada a uma planta milagrosa, chamada Mandrágora, que por sua vez iria tornar Lucrécia fértil. No entanto seu parceiro sexual morreria após o ato sexual de acordo com eles.

A partir desse contexto, Calímaco se aproxima de Messer Nícia propondo o uso dessa planta por sua esposa. No entanto, ele diz a Messser Nícia que ele não poderia fazer relações com sua mulher após ela tomar o chá, pois morreria. Sendo assim, ele o sugere encontrar qualquer outra pessoa na rua para ter relação sexual com Lucrécia.

A grande surpresa dessa história está no fato de que, esse plano não passava de uma tentativa de Calímaco para possuir Lucrécia, que após todas essas artimanhas, se disfarçou e conseguiu o seu tão sonhado desejo: possuir Lucrécia. Ao término da leitura, leva-se a concluir que a malignidade da Mandrágora de matar uma pessoa não passava de uma história inventada por Calímaco para conseguir seu objetivo, que por sua vez, foi bem sucedido.

Essa história é bastante interessante, uma vez que mostra de maneira engraçada algumas situações bizarras que ocorrem na vida das pessoas, sendo muito forte a ideologia própria do autor, de que o importante é conseguir alcançar seu objetivo, não importando quais meios serão utilizados. Para as pessoas que quiserem curtir uma leitura bastante irônica, engraçada e sarcástica, A Mandrágora é um excelente livro, sendo uma leitura rápida e de fácil entendimento.
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